terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

ASREVER AIRAHNEGNE

Hoje resolvi falar ao contrário.

Sou vidrada em conversas que falam da vida e, consequentemente, onde ela termina: na morte.

Independente pra onde iremos, a única certeza que temos – unanimidade! - é que um dia esse nosso "corpitcho" vai pro beleléu. A terra ai de comer!

Já concordei, num passado bem distante, que esse assunto era delicado. Era melhor não tocar nele. Dava arrepios de mencionar tal móóóórbida palavra...

Sei bem, hoje mais ciente do que nunca, que cada dia que eu ainda vivo, que eles (os dias) vão em direção certeira pra ela: a MORTE.

Calma, mantenham-se firme! Deixe esse incomodo e mal-estar de lado, só d’eu mencionar a palavra morte. Garanto que no final - pelo menos desse texto - vc respirará aliviado...


ASREVER AIRAHNEGNE = ENGENHARIA REVERSA


Bom, sabendo desse meu destino certeiro, resolvi “tabular” um modo reverso ao qual eu gostaria que a minha vida terminasse... Explico.

Foram várias reflexões...

1. Conversando com pessoas q já viveram os dias como se fossem o último (ainda dá tempo);
2. Lendo livro com histórias de pessoas aos quais sabiam que estavam vivendo os últimos dias de suas vidas (não dá mais tempo);
3. Médicos explicando a “revolta” de determinados pacientes quando assim cientes do seu diagnóstico (o tempo é aliado);
4. Vendo, recentemente, o filme “The Bucket List ” (Antes de Partir) e a delicada situação do câncer terminal (aqui o tempo é relativo).

Sendo assim, me permito explorar mais esse fato tão precioso que é ESTAR VIVO!

Sabemos que existem resultados científicos inquestionáveis que cigarro, drogas, gordura, álcool em excesso, aliás, tudo em excesso fazem mal à saúde. Sem mencionar pessoas q não te fazem bem algum (que essas já eram pra estar fora da tua vida faz tempo!)

E neste texto o foco é no “palpável” – vez que acredito q tudo é psicossomático e o tema seria longo d+ pra qualquer outro tipo de doença q corrói a alma – hoje resolvi dar atenção, exclusivamente, às palavras do médico e a esses “palpáveis” exemplos: cigarro, drogas, gordura, bebida alcoólica...

Sábio, o médico, quando conseguiu demonstrar o tamanho do (pré e pós) DESESPERO de determinados pacientes que se submetem as cirurgias cardíacas. É fato: alguns precisarão cerrar o osso do peito para que seja operado um dos mais frágeis e comandante órgão do corpo: o coração.

O pós-desespero, ai, vêm pela noção da frágil coisinha q somos. A impotência. E o “desistir” passa a ser relevante pelo simples fato de, durante a vida (serve pra vc que lê felizzz e sadio esse texto), não terem sido observados detalhes tão pequenos que fariam uma enorme diferença na hora que a pergunta vem – fulminante – na mente: “pq q eu comi tanta gordura que entupiu minha veia?” ... “pq fumei tanto pra ficar nesse estadinho?”... “aii, pra q tanto álcool?”... “droga, quanta droga!”... “mágoas”... “stress”... (eita, já to entrando no ‘não palpável’)

Enfim... “AI SE EU TIVESSE FEITO DIFERENTE!” – esse é o desespero pra quem tá lá, bege, nos seus últimos dias e com a luz branca já brilhando do céu na sua direção...

E é aqui que cabe a ENGENHARIA REVERSA.

“Ai se eu tivesse feito diferente”... O “se”, se usado lá na frente, no nosso futuro, na nossa ida ao médico ou no pré/pós-paraíso, não vai adiantar muito não... Uma: pq o "se" nem existe... Outra: pq lá na frente, quando a coisa estiver fodida (sinto muito pela expressão), a hipótese de voltar no tempo – q seria hoje 2008 – e entender o pra quê (?) fizemos coisas que não nos agradariam, não vai funcionar, pois será tarde demais!

TOO LATE!

futuro – tudo ferrado (entende-se como diferente dakele jeito gostoso q vc quer que ele seja) – “ai se eu tivesse feito diferente” – o desespero.

presente – tomadas de decisões que mudarão nosso futuro – um futuro tranqüilo sem o desespero de querer que tivesse sido diferente. (detalhe: pra todas as áreas da nossa vida, viu! ...as não palpáveis, p.ex....)

Já pensou na tua cerimônia do adeus?

E se fizéssemos diferente hoje?

REVERTE!
















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2 comentários:

NP disse...

Japa, vc me fez pensar no dia em que eu não serei....
Se isso tudo que vc prega:

consciência permanente sobre o pq estamos aqui? pra q viemos?

temos o compromisso de manter-nos sadios até q saibamos o pq...

E se eu descobrir antes? Estarei pronto pra morrer?

NP disse...

Quem sabe assim estarei mais pronto q nunca para viver....