segunda-feira, 17 de março de 2008

MEU POCOTÓ

Ontem desci a Rua Augusta a menos 120 por hora... pena, pq tava chovendo, a pista estava escorregadia e já tava escuro.

Ótimos e suficientes pré-requisitos pra eu preservar minha vida, redobrar a atenção ao volante - que moça exemplar, hein? – ter mais cuidado nos cruzamentos, parar na igreja Nossa Senhora do Brasil para participar da missa de Ramos (que moça espiritualizada, hein?) e também, pra depois "D’ele estar no meio de nós", continuar descendo a Av. Europa observando as vitrines ofuscantes de carrões perolados e de cromados assustadores...

Eu lá me imaginando dentro duma daquelas máquinas, só q uma amarelo ovo - sempre gostei de amarelo gema, num sei pq. Mas tem que ser O carro amarelo, per piacere!

Daí, aos 40 e poucos km por hora, continuei devaneando no luxo, no sonho... e fui, subitamente, freada por pensamentos que constataram e me fizeram ruminar a dimensão da potência chinesa em nossas vidas:

* será que aquele cavalinho é falseta??
* tá tão parecido com o original
* tá tão mais baratinho
* será q dura muito pouco?
* passa dos 120km/h?
* ah! então belê!

Meu, do jeito que os caras do outro continente tão indo (e a gente aceitando!), daqui a pouco nem os carros ficarão fora do circuito-piratão-de-ser... E encontraremos uns QUASE TÃO PARECIDOS COM OS ORIGINAIS, meio foscos, em todas as esquinas...

Mas cada um com os seus problemas, certo?

Eu, por enquanto, fico com o meu pocotó e antes de chegar na Faria Lima eu decido se compro um cavalinho original ou um quase original, que, independente, penarão por me carregar galopante de-lá-pra-cá/de-cá-pra-lá nesse trânsito – agora sem carros estacionados nas principais ruas do rush – da minha querida cidade de São Paulo...

Livrai-nos do mal, Amém!

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